sábado, 28 de maio de 2011

An Dragon's Tale Ato 6_ Paradise City

-Acorda garotão....
Blaze ouve uma voz chamando-o. Começa a recuperar a conciência e notar que não morreu. Espantado, pergunta para seus amigos ( Yama e Hayato estam acordados e bem dispostos, enquanto Samantha ainda dormia) o que houve.
-Magia de teleporte-Explica Hayato. -Parece que ela não era tão cruel assim... ou,vai ver,conseguimos amansar um pouco a fera...
Os dois se olharam por alguns instantes, pra logo depois rirem da situação. Yama estava lá,mas estava distante. Olhava para os lados,tentando descobrir onde estavam. Estavam em um pequeno bosque de grama rasteira e bem aparada,com uma árvore lá e outra cá, parecendo um jardim. Finalmente entendeu onde estavam. Deu uma cutucada no cotovelo de Blaze,no intuito de chamar sua atenção, e disse, com suas palavras sempre formais e impessoais:
- Senhores... chegamos no nosso destino. Bem vindos á capital Khelkar.
Estavam em uma praça,na verdade. dava pra ver as casas, prédios, lojas, e, ao fundo, uma enorme construção fortificada. Ocastelo de Khelkar, sede do governo que dirige todo este reino.
Blaze não pode conter a euforia. A sensação de missão cumprida se iluminou em seu peito,mesmo sem ter ainda terminado a sua missão. Agora, pensara ele, seria mais fácil. Não teria deusas orgulhosas, velhos sociopatas, ninjas ladras ou samurai piromaníacos - samurai que, está ao seu lado,neste exato momento- . Estavam em terreno gentil, seguro.
Samantha começava a acordar. Estava na hora de decidirem o que fariam a partir de agora.
-Meu senhor pediu para eu cumprir uma outra missão quando eu aqui chegasse.-Disse Yama,referindo-se ao velho Syao Kyu.- Blaze-san, viria comigo?
Blaze se espantou pelo modo que foi chamado. Era a primeira vez que era chamado daquele modo. Aliás, esta era a primeira vez que o samurai o chamava. Blaze sabia que aquilo significava autoridade, respeito. O samurai devia protegê-lo com sua vida, ele havia esquecido.
Isso sem falar que Yama havia esquecido o pequeno conflito anteriormente depois que Blaze disse que todos "eram uma família" no incidente de Linna.
-Certo- disse Blaze.- Mas não me chame assim. Apenas "Blaze" está bom.
-Sim senho..- repondeu Yama, mas no meio de seu ato ganhou um olha seco de Blaze.Corrigiu sua própria frase.-Sim,Blaze.
Sabendo que a missão era particular, Hayato comentou:
-"Eu vou encontrar algum lugar pra descansar-mos. Samantha, vem comigo?"
-Nos reencontramos aqui antes do anoitecer,certo?- disse o samurai[Era manhã].
Partiram. Enquanto Hayato e Samantha ficaram pela cidade, Blaze e Yama rumaram para a grande fortaleza imperial: o Castelo de Kelkhar.
-Meu senhor pediu que eu lhe protegesse com a minha vida; é verdade, mas eu tenho assuntos a tratar no castelo.
O samurai, calmo, contou a Blaze enquanto camanhavam, já sozinhos.
Enquanto isso, Hayato e Samantha procuravam por estalagens. Era a capital, então não seria muito difícil achar alguma. Encontrou com facilidade uma com taberna, que funcionava logo ali na entrada.
Antes de entrarem, Hayato deu um passo atrás. Lembrou-se da última taberna que passaram e de seus maníacos xenófobos [xenofobia= medo de estrangeiros, só pra deixar claro] . Mas se acalmou quando leu "Dragon's Tavern". Seu conhecimento sobre a capital fez ele esbarrar uma vez neste local. Um antro de lutadores, mas homens honrados e justos.
Verdade. Entrando lá eles viram grupos bem atípicos: Um garoto loiro com um arco sem corda, uma amazona com um bastão amarelo, um cavaleiro com um brasão de uma águia em seu escudo e um mago vestido em um robe verde. Do outro lado, um halfling idoso com um robe vermelho, um lorde, com um trajes vermelhos e um par chifres, um inteiro e o outro quebrado, e junto com eles, quase impossível de ser notado, um ser feito de trevas, algo parecido com um espectro.
O pequeno mago parecia ser o dono do lugar,e conseguiram um quarto. Samantha tomou um susto quando uma adolescente portando uma capa roxa apareceu na mesa ao lado, como se estivesse lá o tempo todo.
Os dois seguiram pelo corredor para encontrar o quarto, onde tinham as camas. Ao abrirem a porta, tiveram um susto. Parecia que uma guerra tinha sido travada ali. Travesseiros suspensos, camas bagunçadas, estantes derrubadas,entre vários objetos no chão E no teto,cravados. Havia um símbolo na parede, pintado de vermelho, mas não era sangue; apenas tinta. Hayato sabia o que aquilo significava. Hayato saiu do quarto junto com Samantha.
-"VELHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!"- gritou ele.
Em poucos instantes o dono do estabelecimento apareceu no coredor.
-Sim?
-"Vocês tem GOBLINS por aqui?"
-Não-respondeu o velho-Por quê a pergunta,meu jovem?
Hayato reabriu a porta e mostrou ao velho. Êste arregalou seus olhos por alguns segundos e confessou:
-Isto está acontecendo há meses! Ele vem, bagunça tudo e depois some! Nimguém consegue pegá-lo!
-"Como assim 'ele'"?
-O espírito azul- Disse o lorde,que veio em seguida para ver o ocorrido.Na verdade ele era nada mais nada menos que o cozinheiro.
-"E o que é este símbolo?É de um clâ não é?"
-Era. Este clâ foi extinto faz 5 anos. Eles eram perigosos e ameaçaram matar o antigo rei.Eu fui...responsável por isso. Por isso o espírito azul me persegue.-contou o halfling-Se vocês quiserem eu posso arrumar o quarto.Ou o dinheiro de volta,claro...
Os dois aceitaram o quarto.Sabiam que nada iria acontecer com os dois ali.
Os raios do sol da tarde banhavam os muros do castelo. Dos parapeitos se vai uma dúzia de guardas. Poucos, para um castelo tão grande e de tamanha importância. Os guardas da Deusa das Chamas eram mais numerosos e mais amedrontadores do que os frágeis e pouco numerosos guardas do castelo imperial. E olha que eles era apenas bêbados de uma vila pequena...
Blaze pensava nisso enquanto adentrava nos muros junto de Yama.
Tinha dois arqueiros mirando flechas na direção deles, verdade, mas eles ainda eram poucos.
Um único guarda protegia o portão. A armadura ficava solta em seu corpo, e mais se via o elmo do que sua cabeça. Isso que era mais um capacete do que um elmo!
Era um garoto, não passava de 15 anos,mas com um enorme peso em suas mãos: proteger um castelo e todo um reino com sua precária lança,e, pelo geito que segurava a mesma, nunca tinha usado a mesma. Deu pra ver que,com a aproximação dos dois, ele ficou espantado,com medo. Evitava olhá-los nos olhos e, quando teve que dirigir-lhes a palavra,tentou parecer poderoso, onipotente. Sua voz saiu fraca e trêmula.
-O q-quê vocês querem aqui?
-Viemos ver o rei.
Respondeu o samurai. Blaze mantinha-se quieto, olhando fixamente para aquele ser diminuto á sua frente.Tentava olhar nos olhos dele, como um curioso, mas o outro desviava quando notava que estava sendo observado.
-..S-S-SeNHOOOOOOOR!-
Sua voz se elevou enquanto ele chamava, quem quer que seja. Súbito, os portões se abrem. Deles sai um jovem usando um manto verde-grama, de cabelos loiros e óculos. Apesar de sua descrição frágil, ele era mais forte e mais maduro que os outros soldados. Uma pequena cicatriz entre os olhos indicava que ele tinha esperiência em batalhas. Tinha um porte forte, e brandia uma espada de lãmina dourada embainhada na cintura,visível atravéz da abertura do manto.
-Sim, Jullien?- Disse, com uma gentil e bondosa voz para o jovem no portão.
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Um soldado passa pelo corredor á minha frente, patrulhando. Nos últimos tempos, é cada vez mais rara esta cena. Estou deitado nos aposentos dos soldados em dentro do castelo. Não é comum pra mim descansar em um dia de serviço, mas trabalhar no lugar de três guardas é realmente desgastante. Ainda se as tropas de Kenonm estivessem aqui...
Não, não posso me lamentar. Preciso agradecer pelos poucos soldados vivos e que ainda não deserdaram. São poucos que tem coragem depois de tudo o que vimos no último mês...
"-...efeee!"
Parece ser Jullien. Devemos ter visitas. Serão novos recrutas? é melhor eu ir ver. Espero que seja.
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-Então?-Diz a agora animada voz do loiro, ao ver os dois. Sua voz sai quase cantante. Sua alegria em ver dois valentes era notada facilmente. Estava na cara que o castelo estava precisando MUITO de tropas.
-G-general Dante..- Disse aquela fraca e medrosa voz.-Eles desejam...-
-..Falar "co" o rei.-Disse Blaze, com uma voz que, comparada ao jovem soldado, parecia estar gritando. Mas não chegava a tanto.
O guardião do castelo desafiou com um olhar o insolente visitante, sendo retribuído instantâneamente. Ficaram alguns minutos se encarando, coisa de uns dois ou três capítulos. Yama encostou a mão no rosto, em sinal de desaprovação pelo ato de seu amigo.
Logo, o general se virou em direção ao portão, e disse:
-Certo. Sigam-me.-
E entrou de volta no castelo.
Os outros dois foram logo atrás, com o pequeno porteiro fechando o portão pelo lado de fora.
-Eu sou Dante. Dante Holyfield. -Disse o loiro, enquanto seguia por um corredor, sendo seguido pelos dois.-Sou um dos três generais do castelo imperial de Khelkar, o responsável pelo recrutamento e estoque de mantimentos, armaduras e setor médico. Estamos sofrendo de uma enorme crise aqui. O general responsável pela defesa do castelo está em batalha, restando apenas... - parou diante de uma janela,a olhar os soldados protegendo o castelo.- o meu setor. Estamos fazendo o possível, mas...-
Foi interrompido por Blaze:
-...eles são fracos demais.-
-Eu não iria usar estas palavras, mas sim. Por mais determinados que sejam, não conseguem manejar suas armas.-
- O que a gente tem a ver com isso?-
Blaze dissera aquilo de um modo seco. Não que se importasse com a crise do castelo, apenas tinha coisas mais importantes para fazer.
Dante iria dar a resposta, mas chegaram a uma porta dupla.
Havia inscrições por todo ele, e os detalhes pareciam ondas douradas por um fundo azul.
Dante parou de frente ao portão e, pela primeira vez desde que entrou no castelo, virou-se para eles.
-O rei os espera.-Falou.
E abriu um dos lados daquele portão interno.
Era uma sala realmente enorme. Localizada no coração do castelo, enquanto que as outras salas e corredores visto antes eram de grosseiro granito, a sala de audiência era uma obra-prima.
Era quase o tamanho da montanha do vale Kanwa, com duas fileiras de colunas suspendendo o segundo e o distante terceiro andar. Inúmeras portas de onde volta e meia apareciam alguma empregada ou algum mordomo, em todos os três andares.
Três enormes abóbadas suspendiam o teto, enquanto que cada corredor dos níveis superiores continha mais quatro menores.
Os mesmos formatos ondulados dourados da porta formavam as curvas das abóbodas, com o centro em um azul celeste que lembrava o céu. Lustres provenientes do centro das áreas azuis variavam de tamanho e distância do chão de acordo com o tamanho da abóbada,com os centrais atingindo o nível do segundo andar. Eles lembravam enormes cristais prateados. Na verdade, SÃO enormes cristais prateados, suspensos sob o teto. As paredes eram brancas, dando idéia de que o castelo era maior do que realmente era. Na parede contrária da qual eles chegaram, enormes vitrais semitransparentes mostrava a cidade sob o brilho de um cavaleiro brandindo uma espada que irradiara luz.
Um longo tapete prateado [porquê vermelho é super clichê >.<] levava, após subir um pequeno lance de escadas, a um abside [se estiver na dúvida sobre o que é um abside, "Googla" isso!] contendo dois tronos.
No trono esquerdo havia um homem sentado, conversando com duas pessoas. Analisando a coroa e o sua posição no trono, não havia dúvidas. Aquele era o rei.
Ele estava conversando com uma moça de profundos e sem vida. Ela usava um longo vestido negro rendado. Junto com ela tinha um homem com o uniforme de mordomo, e parecia servir à jovem dama. Enquanto Dante, Blaze e Yama se aproximavam, os dois se despediram, e a moça estava indo, quando o rei chamou o serviçal dela.
-Cuide para que ela nunca se machuque,Damon.- ele disse ao homem.
E assim os dois partiram.
Ao receber um sinal, Dante se aproximou do trono, sendo seguido pelos outros dois. Quando estavam bem perto, Dante se ajoelhou em sinal de respeito para com o soberano, sendo seguido de Yama e, por mais incrível que parecesse, Blaze.
Por mais orgulhoso que ele fosse, por mais revoltado que ele fosse, ele era sensato o bastante para reconhecer um verdadeiro soberano e também inteligente o suficiente para não ser morto por um soldado, por
-Levantem-se.-Disse a voz autoritária, e ao mesmo tempo pacífica do jovem rei.
Enquanto Dante esplicava o ocorrido para o rei (ele não conseguia ouvir muito bem a conversa.), o irritadiço pai de Samantha analisava a figura do monarca.
Ele era novo, beirava seus 25 anos, com a barba rasa, mas aparente. Cabelos castanhos que pairavam sob seus ombros, e que na base eram protegidos pela magnífico círculo puramente dourado: a coroa real. Uma armadura de batalha larga com entalhes que lembravam os detalhes azuis e dourados do teto e da porta, e uma capa azul marinho dava a ele um ar de benignidade suprema.
-Então, o que desejam de mim? E, afinal, quem são vocês?
Seus pensamentos foram interrompidos pela pergunta do majestoso lorde. Antes que Yama pudesse falar o porquê ele tinha feito todo este caminho com Blaze, o mêsmo falou antes:
-Eu sou Blaze Soulburn e este é-
Antes que ele pudesse terminar, Dante cortou ele. Na verdade, GRITOU contra ele.
-MENTIROSO!
Segundos de silêncio. Blaze não fazia idéia do porquê daquele grito. Logo, Dante continuou:
-O clâ Soulburn foi extinto! Ninguém sobreviveu! Não tem como você estar falando a verdade! Você está mentindo diante de vossa majestade!-
-Dante, controle-se.- Disse a voz soberana atrás dele.-Deixe ele falar.-
O general se acalmou. pediu desculpas em voz baixa e se virou para Blaze.
O rei,por sua vez, pediu para que ele se explicasse.
-O vilarejo do clâ Soulburn foi queimado há 20 anos atrás pelo mesmo vulcão que protegia-os. Como você pode estar aqui?
-Eu sou um dos... sobreviventes.- Disse Blaze.
-Então tem outros?- Perguntou o rei, exaltado. Dava de ver o brilho de exaltação nos seus olhos.
-Eu e... meu irmão mais novo. Estamos vivos graças aos nossos pais.-
-Q-Quais os nomes dos seus pais?- Questionou Dante. Parecia admirado e, ao mesmo tempo surpreso.
-Grace e Angus...-Blaze falou aquilo com um suspiro triste. E era. A cena, que ele tinha apagado da mente
O Sol, vindo da enorme janela, não deixava que os olhos de Dante pudessem ser vistos, ficando ocultos por trás de seus óculos, que brilhavam através da luz da tarde. Dante se aproximou de Blaze bem devagar.
E deu-lhe um abraço. Só aí Blaze notou que ele estava chorando.
-Eu sou...- O general disse, entre soluços- ...Eu sou seu primo!-
O moreno, que até aquela hora não tinha intendido o porquê daquilo. Espantou-se, pois não esperava aquilo. Devolveu o abraço. Pareciam irmãos que não se viam há muito tempo. Os dois estavam emocionados, pois âmbos compartilhavam, até aquele momento, o mesmo sentimento: a solidão. A conciência de que não haveria um pai, avô, tio, primo com o mesmo sobrenome. Mas havia.
Mas a ficha de Blaze caiu.
Ele empurrou fortemente o outo homem, e esta quase caiu na pequena escada antes do trono.
-Mas você se apresentou como Dante Holyfield.HO-LY-FI-ELD! E tem mais, eu era bem pequeno, mas eu lembro -e lembro bem- que só nós sobrevivemos!-
-Meu pai, Adray, meses antes da grande erupção, foi embora do vale. Ele se casou com uma mulher de fora do vale, por isso não me apresento como "Soulburn",mas meu nome completo é" Dante Soulburn Holyfield". Posso não ser um "sangue-puro", mas ainda sou seu primo!-
Blaze estava emocionado. Não pudia se conter e reabraçou o seu "novo" primo. Alguns segundos se passaram, e um fato estranho ocorreu: um grande coro que se uniu para fazer um unificado "oooooooooooooooowwwwwnnnnnnnn....." Eles haviam se esquecido de onde estavam. Um grande número de empregados se reuniram, alguns olhando "de camarote" do primeiro e do segundo andar,a se acumularem nos beirais, acompanhados no coro de nimguém mais que o próprio Rei Damien Dehnshpher Magnus IV. Os dois se empurraram em um momento de vergonha, encabulados. Desta vez Dante realmente caiu na escada. Eles riram do momento, acompanhados da risada inocente dos curiosos criados, que logo voltaram aos seus trabalhos.

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