segunda-feira, 6 de junho de 2011

An Dragon's Tale Ato 7_ Animal I Have Become

Estava entardecendo no centro da cidade e nem sinal de Blaze e Yamakishiro. Hayato estava deitado tranquilamente no quarto já organizado, mas Samantha estava desesperada. Mil e uma idéias havia passado pela cabeça dela, entre eles terem sido sequestrados até o samurai ter se vingado de ter sido derrotado e humilhado pelo pai dela. O acompanhante da mocinha tentava fazer com que ela se acalmasse e tentasse dormir, mas ele mesmo não conseguia segurar o sono. Estava realmente cansado, depois de dias sormindo no chão e em... celas! Estava com saudadees de uma boa cama. Enquanto isso, a garota continuava reclamando em sua cama, até perceber que o oriental não respondia mais, e ao invés disso, ouvia um ronco baixinho. Sentiu-se ofendida, mas entendeu a situação daquele que estava responsável por ela. Deitou-se na sua cama e tentou descansar um pouco.
Apenas tentou, pois quando estava quase dormindo, ouviu o som de algo batendo, em um determinado ritmo. Abriu os olhos, e viu que o "herói" continuava dormindo.
No canto mais escuro, entre a cama de Hayato e a porta, havia uma pequena sombra. Não, não era uma sombra; era ALGUÉM.
Na verdade, era um garoto com mais ou menos a mesma idade dela.
Ele estava envolto em sombras azuis sinistras, e uma expressão de ódio saia de seu rosto, e estava tocando um par de tsuzumis, uma espécie de tambor de mão.
A criança vestia um kimono cerimonial azul escuro, e enquanto tocava, uma espécie de energia negra saia de Hayato. Eles nem se mexiam...
A energia obscura vai em direção ao garoto e seu pequeno instrumento, e a menina sabia que tinha que fazer algo para evitar.
Mas ela nem se levantou da cama e o garoto fugiu pela porta, que estava aberta, mas a energia negra já estava junta do "Espírito Azul". E o oriental não acordava.
Ela tinha que correr atrás dele. Enquanto ela procurava (pois sabia que ele nãoera um fantasma nem nada do tipo, por ele ter saído pela porta e não pela parede) ele pelos quartos (o que gerou cenas engraçadas, como um filhote de unicórnio correndo atrás dela e a voz de um garoto gritando algo como "Bunny!"). Até que ela começou a ouvir de novo o estranho barulho...
O som vinha do estoque da estalagem. "Então era lá que ele se escondia?" Pensou Samantha.
Ela se aproximou com cautela. Sabia que se entrasse apressada, ele iria fugir. Abriu a porta devagar. O lugar era escuro e, usando a luz do corredor, ela conseguiu ver o garoto encolhido num canto, do lado de um enorme barril de hidromel deitado sobre apoios curvados. O estranho é que o "espírito azul" estava CHORANDO.
-Saia daqui!-disse uma voz melancólica vinda do espírito azul. A aura escura na volta dele ficou mais agitada.
-Eu estou aqui...- ela pensou um pouco antes de responder.- ...estou aqui para conversar.-
[Enquanto isso, Hayato tá vegetando no quarto...]
A aura se acalmou enquanto ele seguia a pergunta.
-P...por quê? Seu amigo está em coma...você devia tar querendo me matar...-
-Eu não mato nem mosca...- Disse ela de um modo carinhoso.
-Obri...obrigado...-
Ele levantou a cabeça para poder olhar melhor ela. Apesar de estar com os olhos cheios de lágrimas, dava pra ver seus olhos. Eles eram grandes,azuis escuros e profundos, o que dava a ele um tom ainda mais triste. A cada característica, mais pena Samantha sentia.
-Então...O que foi que houve?-disse ela, enquanto se aproximava e sentava do lado dele, ficando de frente para porta.Quando ela se sentou, ele se encolheu mais ainda.Agora estava com a cabeça entre as pernas, sentado no chão.
-Meus pais... Meus pais foram mortos por este velho louco...-Sua voz era arrogante, cheia de ódio.
-Você acha que é certo viver de vingança?-Disse ela olhando para a porta aberta, para não se deprimir com os olhos tristes do garoto.
Ele não respondeu. Se fosse para viver de vingança, ele poderia estar morto agora por ela, não é? Ela serviu como um exemplo para ele, e isso o deixava confuso. A única coisa que podia fazer era dizer um fraco e perdido:
-M-me desculpe...
-Não é a mim que você precisa se desculpar, não é? O velho taberneiro ainda tem um coração bom. E alem do mais, você não pode mudar o que já aconteceu.-
-Ele não merece!
A fumaça negra voltou a aparecer. Estava agitada denovo, e ameaçava derrubar o enorme barril atrás deles. Ela tinha que fazer algo, ou os dois seriam esmagados.
Ela encostou a mão no ombro dele, ele deu um pequeno pulo,mas se acalmou. Ela voltou a conversa:
-Ele parecia triste e cheio de remorso quando contou o que houve...-
Ele abaixou a cabeça.
-Mas eu preciso... pelos meus pais...-
-Você não acha que ele já pagou demais por isso nos últimos anos?-
Ele não falou mais nada. Uma parte dele dizia: "Chega! Isso já durou demais!", mas o outro lado insistia: "Lembre-se do quê aquele velho fez!".
A jovem curandeira se levantou e, estendendo a mão, disse:
-Vai ficar se lamentando pelos cantos ou vamos resolver logo isso?-
Era o momento decisivo. Viver em torno de lembranças, ou começar algo novo? Ele sempre soube que essa escolha chegaria um dia. Esta era a hora.
-Eu sou Maishiro.- Disse ele, enquanto pegava na mão dela para se levantar, enquanto secava as lágrimas.
-Samantha.- Apresentou-se ela para seu novo amigo.
Mas algo deu errado. O garoto, assim que se levantou, foi jogado contra o barril. De seu corpo saiu aquela aura negra, que tomou forma do lado deles, e ficou como uma criança de capuz negro e uma mascára disforme.
-Eu NãO aCeItO PeRdEr!!!!- Ouviu-se uma voz vinda da sombra. Ela era estranha, tinha variações de som, com elevações e reduções de voz em uma mesma palavra.
E, ao sair em uma nuvem de fumaça por uma pequena janela que estava aberta, derrubou o barril acima da recuperada criança.
Mas algo aconteceu diferente do previsto. O garoto foi empurrado. Samantha foi parar debaixo do largo e pesado recipiente da bebida alcólica. Ela tinha salvado ele, mas pagou caro: estava presa entre o suporte e o barril que não havia quebrado na queda.
O garoto desesperado tentou de todo o modo retirar o barril de cima dela, mas o estoque estava cheio, o que não deixava que ele fosse movido.
Já havia se passado 20 minutos e o barril continuava imóvel. E ele já estava quase chorando. Quando pensava que sua única amiga estava ali e ele não podia fazer nada para ajudar, mais vontade de chorar lhe dava. Samantha, por sua vez, não estava machucada, mas estava bem apertada, e estava começando a lhe faltar o ar.
Em um suspiro, ela pediu pra ele:
-chame...al..guém...-
Ele se levantou rapidamente e, meio que tropeçando em alguns sacos de cevada, correu em direção à porta, sumindo no corredor.
O problema é que o quarto mais perto era o do proprietário, ou seja, ele teria que encarar seu odioso inimigo...
Ele nem bateu na porta, foi entrando correndo porta adentro, encontrando o velho em uma solitária cama de casal. Ele estava dormindo com uma touca verde, o que lembrava muito um duende, devido também a sua baixa estatura. O velho acordou-se quase imediatamente.
-O... O quê você quer?Quem é você?-
-N-não temos tempo! Samantha.... ela está em perigo!-
-Onde?-
-No reservatório. Rápido!
Os dois foram correndo para lá. Apesar da baixa estatura do velho (que era realmente um humano), ele corria bastante.
Chegaram lá ela já estava desmaiada.
Ao ver ela sem dar respostas, o garoto entrou em crise.
-ELA ESTÁ MORTA! É TUDO CULPA MINHA! O QUE FOI QUE EU--
O velho, mesmo com sua baixa estatura, deu um tapa no rosto do garoto.
-Me agradeça depois. Agora, acalme-se e vá acordar o amigo dela!-
O garoto se tranquilizou e voltou ao corredor apressado, indo em direção ao quarto da menina.
Rapidamente, o velho (que era um mago),fez com que o barril levitasse e fosse parar de volta em seu suporte.
A garota se acordou minutos depois, e o velho a abraçou.
-Obrigado! Você livrou este garoto daquele espectro da ira.
a garota se assustou, mas devolveu o abraço quando entendeu o que estava acontecendo.
-Você... sempre soube dele?-
-Sim.-
-Por quê--
-Ele fugiria se eu tentasse. E ele tinha motivos.-
Passou-se alguns segundos e, quando eles terminaram o abraço, chegou Maishiro, junto com um confuso Hayato.
Ao ver que ela estava bem, ele responde com:
-"Vocês não fazem idéia do SONHO que eu estava tendo!"-
Os outros três riram, com o oriental sem saber o porquê.
Uma voz gritando disse ao longe:
-Não tem dono essa espelúnca?????-
Samantha e Hayato conheciam aquela voz.
-PAIÊÊÊÊ!!!-
Em alguns minutos, Blaze, que estava na entrada, chegava ali.
-Mal pelo atraso; Encontrei... um parente.
Junto dele chega o loiro de cabelos compridos.
-Esse é seu... tio Dante. Ele é primo meu.
Ele acenou com a mão, dizendo um doce "Oi".
-Este é Maishiro, um novo amigo meu. E aquele é--
O velho não estava mais ali.
-Não importa.-Disse Blaze.- Estamos todos cansados e precisamos de uma cama.-
-Vocês podem vir pra minha casa.-Disse Dante.
-Por quê não?-Sugeriu Blaze.
-"Acho que o velho não vai ficar zangado."- Disse Hayato.
-Vamos?- Respondeu Samantha, para o garoto.
-Ah, não! Não precisa se preocupar comigo!-Respondeu Maishiro.
Num canto escondido, Samantha tinha notado um pequeno pedaço de manto, que com certeza era a "cama" dele.
-Relaxa.- Disse Dante.-Tem sempre lugar pra mais um. A casa de um general sempre é grande-
E todos foram em direção à aconchegante casa dele.
-"Espera!"- respondeu Hayato- "Não está faltando alguém não? Cadê o Yamakishiro?"
-Ele já está lá, nos esperando.- Respondeu o anfitrião.
E Maishiro, mesmo em silêncio, estava feliz. Sentia-se como não se sentia há um bom tempo.Sentia-se parte de uma FAMÍLIA.

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